O candidato a vereador Adelson Guedes (PSL) registrou, na tarde deste sábado, ocorrência por agressão na 15ª DP (Gávea). Ao GLOBO, Guedes contou que estava fazendo campanha na favela da Rocinha quando foi abordado, por volta das 15 horas, por cabos eleitorais que segundo ele seriam de seu rival eleitoral na área, Leonardo Rodrigues Lima, o Léo Comunidade (PTN).
Segundo ele, a agressão ocorreu em frente à Igreja Universal na Avenida Niemeyer, e foi testemunhada por cerca de 50 pessoas que participavam do ato de campanha.
- Eu estava lá, falando, quando uns 40 'amarelinhos' (referência ao uniforme de campanha usado pelos cabos eleitorais) vieram. Um deles disse: 'Se falar algo contra os amarelinhos, vai apanhar'. Eu estava com microfone e falei que estava sendo ameaçado. Aí, ele veio, me deu um soco na orelha, uma joelhada que me derrubou, e um chute na bunda (sic). Eles estão com medo que eu tire votos dele.
Guedes diz que ligou para a Polícia Militar e pediu para ser escoltado até a delegacia.
- Fiquei com medo de ir sozinho e me seguirem. Tinha guardas municipais lá, mas ninguém fez nada. Mas isso não vai me intimidar. Já estou de volta à Rocinha, com ainda mais disposição - afirma.
O procurador regional eleitoral, Maurício da Rocha Ribeiro, disse que, inicialmente, o caso será investigado somente pela Polícia Civil, já que o Código Eleitoral não prevê o crime de lesão corporal relacionado à disputa eleitoral.
- A princípio, é um crime comum, mesmo que se dê no âmbito da eleição. Não é a mesma coisa que a calúnia, injúria e difamação. Ele (Guedes) fez o certo, foi à delegacia e registrou. Claro que, dependendo das circunstâncias, pode ser necessário outro procedimento, se ficar configurado que só um candidato está podendo fazer campanha lá ou se há cobrança em dinheiro para permitir a campanha - explicou o procurador.
O GLOBO não conseguiu localizar o candidato Léo Comunidade. A Guarda Municipal do Rio foi contatada, mas não deu retorno.
via jornal O GLOBO
Foto André Durão
29 de setembro de 2012
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