Projeto ambiental na Rocinha incentiva criação de hortas orgânicas

Jardins desafiadores nascem em clima de repressão sócio-política, econômica, ou cultural. Eles representam nossa capacidade de nos adaptar o meio ambiente para lidar com as condições mais radicais. São locais de afirmação dentro de contestação. Dentro da favela, eles representam paisagens alimentares entre pobreza urbana, renovação habitacional, e restoração ecológica.

Tio Lino, o diretor da escola Mundo da Arte, nasceu na Rocinha há 60 anos, quando era realmente uma pequena roça. O projeto Favela+Verde pretende restabelecer espaçs verdes na comunidade que hoje em dia parece “uma Amazônia de concreto” nas palavras do Tio Lino. O objetivo do projeto é produzir alimentos saudavéis, ensinar as crianças sobre o meio ambiente, reduzir lixo, e fortalecer sustentabilidade na Rocinha. O projeto oferece ajuda aos moradores a transformar lajes e lotes vazios em jardins, utilizando materiais reciclados e adubo de compostagem.

Favela Mais Verde é uma colaboração entre o Munda da Arte do Tio Lino para jovens em risco, o creche Alegria das Crianças, e a artista independente, Lea Rekow. O projeto é localizado no Valão, uma das áreas mais pobres da Rocinha.

O projeto

O projeto foi fundado em 2011 em colaboração com Tio Lino, presidente da ONG Mundo da Arte, a tesoureira Adriana, e Lea Rekow, artista plástica da Austrália, voluntários estrangeiros e moradores da Rocinha.

Como a maior favela no Rio, com uma historia de agricultura e proximidade a mata atlântica, a Rocinha é o lugar ideal para cultivar hortas urbanas. Criar modelos urbanos sustentaveis é imprescindível, pois a população urbana está crescendo enquanto crises ecológicos aumentam.